sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Lista das 15 melhores músicas nacionais de 2012

O hiato permanente do Lost Machine... permanece. No entanto, não poderia terminar o ano sem a gloriosa e controversa lista dos melhores de 2012. Vamos parar de balela e apresentar o que realmente interessa. Caso algum fã, sem noção, queira me xingar, fique à vontade, mas saiba que aqui é osso duro de roer, pega um, pega geral, também vai pegar você (lá ele):
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15° Anderson Shon & The Desert Concert - The Lighthouse

A psicodélia, a era de aquarius, as viagens interplanetárias, todas essas sensações podem ser percebidas em The Lighthouse. Ambientada em algum caos apocalíptico, a música se mostra triste, porém viva, lhe deixando absorto em algum lugar que você jamais gostaria de conhecer. As guitarras atribuem um peso quase que estérico, enquanto a voz dá indícios de não querer cantar. O final é o ápice, as guitarras, o piano, a melancolia entram em total harmonia, indicando que a viagem já está chegando ao fim. Apertem os cintos!

>>> Clique aqui e escute The Lighthouse de Anderson Shon & The Desert Concert <<<

14° Do Amor - Shop Chop


Direto como um soco no estômago, Shop Chop é despretensioso, mas não amador, é rápido, mas satisfatória, é rock, mas... se é rock, já tá bom demais. Seus 0:58 segundos de vida, mostram que uma das melhores cozinhas da música brasileira (o Do Amor) está aprendendo a investir na qualidade para a própria promoção. Pra quem nasceu de 7 meses Shop Chop é ideal, mas quem veio ao mundo no tempo certo, pode experimentar também. SHOP, CHOP, SHOP, CHOP!

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13° Tentrio - Satânia


A virtuose aprendeu que não é preciso solos de guitarras com quarenta mil notas, para indicar bons músicos. Em Satânia, nós percebemos a qualidade coletiva e individual dos músicos da Tentrio. Satânia é densa, insistente, intrigante, como se passasse uma persistente mensagem que nós, reles mortais, demoramos a entender. No final, ela parece desistir do nosso entendimento e caminhar por si só. Os riff's de guitarra são perfeitos e se encontram, de forma magnânima, com as linhas de bateria. O instrumental continua mostrando o seu potencial.

>>> Clique aqui e escute Satânia da Tentrio <<<

12° Emicida - Dedo na Ferida


Foda-se vocês, foda-se suas leis! O Rapper Emicida colocou o dedo na ferida de tanta gente, que acabou passando um tempo na universidade de bandidos. A música já entrou na história como mais uma representante artística, que incomodou significativamente as patentes hierárquicas nacionais. Dedo na Ferida ainda serve pra firmar essa nova era do hip hop brasileiro e a importância de mentes como o Emicida para a proliferação desse estilo. Foda-se vocês, foda-se suas leis!

>>> Clique aqui e escute Dedo na Ferida do Emicida <<<

11° Fresno - Infinito

O Fresno aprendeu a ser pop, não pop no sentido pejorativo, pois isso eles eram antes. Dialogaram com o new metal e agora estão exatamente entre o emo do início da carreira e a influência vampírica do Muse. Em Infinito, as guitarras continuam com uma boa sintonia e a bateria não se limita a contar o tempo para os instrumentos. A letra é doce, mas ganhou uma mascara poética, muito além da choradeira característica. Infinito coloca o Fresno num patamar pop de qualidade e indica que, graças a Deus, aquela geração emo já passou. Vida longa!

>>> Clique aqui e escute Infinito da Fresno <<<

10° Tom Zé - Tropicália Lixo Lógico


Tom Zé é um gênio, isso é um fato, podemos esperar qualquer coisa dele e depois de voltas e mais voltas na nossa mente, essa tal coisa fará sentido. Desenterrar a Tropicália foi algo que me pareceu estranho e desnecessário, mas se alguém pode fazer isso bem, esse alguém é Tom Zé. Tropicália Lixo Lógico reúne temas que nunca haviam dialogado. Mistura violinos dissonantes, guitarras pesadas e um violão que transita por toda a música. A letra retrata a genialidade de uma mente em constante produção. Tropicália Lixo Lógico ainda dá um tapa no cenário da música atual, deixando a dúvida sobre o que fazer com tanto lixo. Salve Tom Zé!

>>> Clique aqui e escute Tropicália Lixo Lógico do Tom Zé <<<

9° Supercordas - Índico de Estrelas


Finalmente a magia dos elefantes chegou aos nossos ouvidos. A nova "ruradélica" (expressão criada pela banda) do Supercordas tem como carro principal Índico de Estrelas. A música serve tanto para um jantar romântico, como para uma tarde, deitado na grama, tragando longas viagens. A letra é propositalmente boba, o que faz dela perfeitamente bela. Os backing vocals dão tanta vida à música, que poderiam estar presente nela toda. Ainda não entendo como o Supercordas não tem uma representação mais ativa no cenário underground nacional, talvez a magia dos elefantes seja exatamente essa. Enquanto isso, vamos nadando neste Índico de Estrelas.

>>> Clique aqui e escute Índico de Estrelas do Supercordas <<<

8° BNegão - Alteração (ÉA)

BNegão é a parte do Planet Hemp, que se mostra ainda capaz de fazer música com bons ideais. O hiato dos Seletores de Frequência, deixou claro que eles só estavam pegando impulso, para se jogar ainda mais longe. Alteração (ÉA) abre o cd, indicando que as rimas de BNegão estão ainda melhores e que o mix do funk com o rock conseguiram uma sintonia mais congruente, ficando impossível identificar onde começa o James Brown e termina o Rage Against The Machine. Talvez, tudo isso seja a tal mensagem na garrafa.

>>> Clique aqui e escute Alteração (ÉA) do BNegão <<<

7° Cascadura - Dava Pra Ver

A beleza vista pela janela de algum prédio, no alto da cidade de Salvador. Assim, pode ser definida a sensação ao fechar os olhos e escutar a doce Dava Pra Ver. A linha de guitarra é suave, mas a música ganha força mesmo, quando a bateria serve de background para a melodia vocal, alternada pelo emocionante dueto protagonizado por Fábio Cascadura e Ronei Jorge. Dava Pra Ver leva qualquer marmanjo às lagrimas e qualquer mocinha ao extâse em amor. O Cascadura conseguiu extrair do caos, o belo. Parabéns!

>>> Clique aqui e escute Dava Pra Ver do Cascadura <<<

6° Ed Motta - Nicole Versus Cheng

Antes de não caber no sofá do The Voice e discutir, via Twitter, com o Carlinhos Brown, Ed Motta havia lançado um belíssimo albúm. Dele podemos tirar a simplicidade icônica de Nicole Versus Cheng. Uma música que fala com o silêncio, não é só uma música, é uma obra de arte, por isso, Nicole Versus Cheng está aqui. Um swing manhoso, instrumentos  que só aparecem na hora exata, não deixando nada sobrando, nem faltando. O clima de perseguição rodeia toda a música, deixando uma interrogação sobre qual foi o destino de Nicole. Tim Maia tem um bom motivo para estar contente.

>>> Clique aqui e escute Nicole Versus Cheng do Ed Motta <<<

5° Vivendo do Ócio - Nostalgia

Só a arte tem o poder de fazer você se emocionar com algo que, necessariamente, não lhe agrada. Nostalgia poderia cometer o erro de só fazer sentido para os cidadãos baianos, mas não o cometeu. Existe uma emoção forte, de volta ao lar, dentro de todos os humanos e foi exatamente nela que a Vivendo do Ócio atacou. Nostalgia clama pela volta do filho primogênito, do pai que foi a guerra, do avô que saiu da cama de hospital ou da banda de rock que foi valorar ainda mais a cultura nordestina. O rock brasileiro ganhou a afirmação de um representante de peso. Vivendo do Ócio, perpetue seu nome na história da música, mas nunca deixem de sentir falta da Bahia, pelo visto, faz bem pra vocês e pra música nacional, também.

>>> Clique aqui e escute Nostalgia da Vivendo do Ócio <<<

4° Silva - 12 de Maio

O trip hop nacional ganha o seu primeiro grande representante. Silva é melancólico,  mas sem tirar o sorriso do rosto, o que eu não sei se é bom, ou se é ruim. 12 de Maio pode ser ambientada em uma praça povoada por colombinas e arlequins,  mas com a visão fixa em um ser que olha toda essa alegria, amargurando alguma angústia interior. Os instrumentos são milimetricamente colocados em suas posições, principalmente o solo de trompete, que dá à música o ápice e a o start à genialidade. Silva está no caminho certo e 12 de Maio indica exatamente isso. Uhuu!!! Uhuu!!!

>>> Clique aqui e escute 12 de Maio do Silva <<<

3° Caetano Veloso - Estou Triste


"Estou triste, tão triste, estou muito triste". A melancolia de Caetano está em todas as notas, todos os tons, todas as frases dessa música. O violão soa com má vontade, as frases são balbuciadas com intensa depressão e a poesia da música indica um fim, que não se remete à morte, mas à vida. A música cresce com a ajuda clamorosa do músicos sugados pelo Caetano, mas volta a se fixar em uma melancolia, pra deixar que claro que Caetano está triste, tão triste, muito triste. O lugar mais frio do Rio é o quarto do Caetano e qualquer outro lugar onde a belíssima Estou Triste estiver tocando. Obs: Durma em paz Dona Canô.

>>> Clique aqui para ouvir Estou Triste de Caetano Veloso <<<

2° Macaco Bong - Otro

O fantasma do segundo álbum passou bem longe dos rapazes da Macaco Bong. Conseguindo superar o Artista Igual a Pedreiro, This Is Rolê traz como carro chefe um nocaute em forma de música; Otro. Com guitarras pesadas, baixo reto e bateria desordenadamente organizada, Otro deixa boquiaberto qualquer pessoa que pensa compreender o que é música instrumental. Como cereja do bolo, ainda há um contratempo, que deixa todos os air bateristas de braços cruzados. A música instrumental deve muito à esse trio. Grande Macaco Bong, continuem assim!!!

>>> Clique aqui para ouvir Otro da Macaco Bong <<<

1° Lucas Santtana - O Deus Que Devasta, Mas Também Cura

A incrível poesia do Lucas Santtana, ao descrever uma enchente e suas consequências, está no primeiro lugar das melhores de 2012. O Deus Que Devasta, Mas Também Cura é triste na medida certa, pois relata a dura realidade de várias famílias brasileiras, que dependem apenas de Deus, para não terem suas casas à deriva. Lucas Santtana escolhe um timbre, que coloca a música quase como um conto; alguém sentado à beira da praia, vendo a destruição à distância. A flauta final, ajuda a dar encanto à repetição, quase que implorada, para que o astro rei proteja nossas crianças. Lucas Santtana fez boas experiências em 2012 (se é que você me entende!), a melhor delas atende pelo nome de O Deus Que Devasta, Mas Também Cura. Parabéns Lucas!

>>> Clique aqui e escute O Deus Que Devasta, Mas Também Cura do Lucas Santtana <<<

terça-feira, 31 de julho de 2012

A Maior Cagada de Todos os Tempos



Reunião de pauta:

- Galera, preciso de uma ideia boa pra criar a maior cagada de todos os tempos!!! – disse o diretor ao entrar na sala de reunião. Todos ficaram pensativos... após alguns minutos as sugestões começaram a surgir:
- Você podia contratar a Carla Perez pra apresentar um programa infantil ao lado de um galo aidético!!!! – Disse o rapaz de terno cinza, sentado do outro lado da mesa.
- Não, não, isso aí é cagada demais, eu preciso de algo menor.
- Criar um programa de TV para as meninas do Restart – A ideia nasceu da executiva sentada próximo a janela.
- Muito clichê, isso todo mundo sabe que é ruim, preciso ser mais original.
- Você poderia criar um vampiro brilhantes e vegetariano, que se apaixona por uma menina que não tem expressões faciais – O rapaz de terno tentou de novo.
- Essa é ótima, mas eu acho que já foi feito – O diretor levantou da sua cadeira e foi até o estagiário – e você, o que você pode me sugerir? O estagiário começou a tremer. Tinha anotado algumas coisas num bloco de papel, mas não sabia se a ideia era boa o suficiente. Tentou arriscar:
- A gente podia fazer uma lista dos 100 maiores brasileiros de todos os tempos a partir do voto popular...


Pois bem amiguinhos, serei direto e objetivo: é impossível alguém criar uma lista dessas, aberta ao voto popular e esperar que não dê merda!!! O povo brasileiro já deixou bem claro que é representado por uma massa ignorante e alienada. Se essa lista não serve pra eleger o maior brasileiro de todos os tempos, pelo menos ela nos credencia como povo mais retardado de todos os tempos. Provas não faltam:

Na centésima posição tem a Maria da Penha, mulher sofrida, que fez da sua vida uma causa social na luta contra homens que se acham donos de suas esposas. Justo ela estar na lista? Sim, bastante, só não consigo entender como Anderson Silva, Joelma, Claudia Leite, Michel Loló, Lua Blanco (WTF???), Reynaldo Gianecchini, Dedé (o zagueiro, não o trapalhão), Tiririca, Luan Banana, Rodrigo Faro (exatamente, Rodrigo Faro), Apóstolo Valdemiro Santiago (isso mesmo, o das mansões), Silas Malafaia e Neymar (PQP!) conseguem ser mais importantes que a Maria da Penha


E isso nem é o pior, segundo essa lista, Luan Banana e Michel Loló são músicos mais relevantes que Cazuza, Chico Buarque e Tom Jobim. Neymar é um jogador mais importante que Romário, Sócrates, Zico, Ronaldo Gaúcho e Garrincha. Rodrigo Faro é um apresentador (isso se ele realmente for) melhor que Hebe Camargo e Jô Soares. Tiririca é um comediante com mais relevância do que Golias e Mazzaropi.

Jorge Amado é o 93°, Neymar é o 20°.
Chico Buarque é o 84°, Silas Malafaia é o 26°.
Jô Soares é o 99°, Dedé (mesmo eu sendo vascaíno doente) é o 63°.

Meu Deus!!!!!!! Quem foi o bêbado que fez a porra dessa lista?!?! Pelo andar da carruagem, se fosse uma lista com 200 nomes, entraria o Cabeção da Malhação, o Baixinho da Kaiser, o Louro José e, com toda certeza, a Luiza, mesmo estando (ou não) no Canadá.

Uma lista que não se pode levar a sério, em um país que ninguém leva nada a sério, elegendo pessoas, sem a menor seriedade; redundante, mas verdadeiro. No país do futebol, do samba e do carnaval, já se pode comprovar que inteligência está em terceiro, quarto, quinto plano. Na minha lista de “pior lista de todos os tempos” eu já posso apontar a vencedora... em segundo vem qualquer setlist do Michel Loló.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Classe C de Caricatura

Quando alguém não quer dizer que é pobre, ele diz que é classe média, e quando alguém não quer dizer que é rico, diz que é classe média. Afinal, quem realmente é classe média? A classe média é a tal classe C que nos salvou de uma crise financeira acentuada e que vem sendo explorada como o último barril de petróleo achado pelos Bushianos.

A classe C tem características incríveis, uma recente pesquisa afirmou que os melhores alunos da USP são oriundos dessa parcela social, pois os mesmos já tiveram que pegar muito ônibus, tiveram que economizar meses pra comprar algo esperado e já usaram um computador com 64 de memória. Porém, como não é novidade, o 4° poder não explorou  o melhor dessa classe. A mídia disseca a classe C com um ar caricato, com o mesmo desleixo de um episódio dos Simpsons. A diferença é que os Simpsons é bom.

Falemos da nossa querida emissora do plimplim: A Globo festeja uma grande festa na laje aos domingos, dando um ar cômico de reunião de fim de semana, regada a bebida e pagode. Suas novelas passam a retratar um cotidiano de empregadas e de pura malandragem, com atores fantasiados de “empreguetes”, vendedores, piriguetes etc.

Se eu não fosse miliardário, eu estaria bem ofendido com a caricatura feita, somente, com o objetivo de pegar essa fatia de audiência. As mídias perderam a responsabilidade de ser formadores de opinião e passam a ser formadas pela opinião, elaborando seu esqueleto em cima do que o público irá gostar, independente da relevância social do conteúdo.

Um conselho para nossas mídias: antes de tentar seduzir uma classe pela sua situação social, tente seduzir um país através de uma imposição intelectual, pois se sentir mais inteligente do que muito âncora da TV (e eu me sinto), não deve ser bom sinal. Vamos tentar cativar a classe Q, Q de qualidade.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Greve, faça a sua você também.

...mas faça rápido, as opções estão acabando. Eu já tive algumas ideias e sugiro que vocês sejam bastante originais, pois o que não falta é greve sendo efetuada. Eu mesmo pensei em fazer greve de cinema, apesar de poder ir de graça até o fim de 2012, me enervei com o fato de não ter muitos filmes bons em cartaz e resolvi entrar em greve, porém, minha ideia foi  interrompida pela greve dos ônibus, o que faz meu protesto não ter tanto valor, uma vez que eu nem tenho como chegar lá (já salientei anteriormente da falta de amabilidade do DETRAN).

Também resolvi fazer greve de vídeos que exemplifiquem a falta de segurança das escolas públicas de Salvador, porém,  as escolas estão paradas por consequência de uma greve dos professores da rede pública. A solução era simples, ia passar esse plano para as escolas particulares, porém, os professores da rede particular acabaram de decretar greve. Mais uma greve minha impedida por outras greves.

Resolvi chutar o balde, fui na prefeitura meter o dedo na cara do João Henrique Boy e dizer que isso é um absurdo, não podemos nos acostumar com essa rotina de greves e com a falta de respeito com os soteropólitanos. Porém, fui informado que o prefeito está a 8 anos em greve e que seu amiguinho, o governador Bebes Wagner, está a 6. O que me deixa chateado é que o desejo de mudança dos baianos também está em greve, assim como a atitude por melhoras e o comprometimento social. Espero que você leia este post antes que a internet entre em greve, a moda já está pegando né!?

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Desabafo de Shon





Passivo!?! Jamais, ativo até o talo. É lógico que não estou falando de nenhuma predileção homossexual da minha parte, e sim, da minha recusa de ficar de braços cruzados e não agir quando eu tenho nas mãos o instrumento de revolução. Entenda o caso:

Hoje, pela manhã, eu e minha querida mãe fomos levar meu irmão até o aeroporto, pois o mesmo estava voltando para São Paulo, cidade onde reside. Pela falta de compreensão do DETRAN, eu ainda não tenho um carteira de motorista, o que nos obrigou esperar um ônibus para voltarmos ao nosso lar. Ciente de que o ônibus iria demorar muito, nós estávamos tranquilos quanto ao tempo de estimado; cerca de trinta minutos, com uma margem de cinco, para baixo ou para cima.

O  ônibus não demorou, quinze minutos depois ele estava lá, porém, o motorista estava saindo para, o que parecia, um horário de almoço. Chegamos ao ponto às 14:00, o relógio já marcava 14:40 quando fui perguntar ao motorista o porquê de toda aquela demora. o mesmo me respondeu que o motorista que iria substituí-lo não havia chegado, mas que – aproximadamente – 15:15 ele chegaria. Esperei pacientemente até as 15:15, não tão pacientemente, é bem verdade, pois atrás de mim estava uma senhora que não cansava de repetir: “quando esse motorista chegar ele vai ver!” “Isso não é coisa que se faça com um cidadão!” “Eu vou denunciar esse motorista!” “O mal é que ninguém grita, aí eles fazem isso com a gente!”.

Às 15:25 eu e minha mãe subimos no ônibus – pela porta da frente – no caminho  avisei o cobrador que eu não iria pagar pela passagem, pois eu não tinha cara de palhaço. O motorista chegou as 15:35 (sim, eu esperei uma hora e trinta e cinco minutos) ao som das minhas irônicas palmas.


Todas as pessoas estressadas e revoltadas com aquele descaso substituíram a raiva por um sorriso e enfiaram as reclamações no c***, subiram no ônibus como se nada tivesse acontecido e sequer reclamaram com o motorista sobre o tal atraso. Lembra da mulher revoltada?! Pois bem, ela sentou na cadeira e seguiu a viagem toda muda. O que eu podia fazer para mostrar minha indignação eu fiz, o que resultou em um bate boca feroz entre o cobrador e eu.

Estamos muito acostumados a tomar sem vaselina e não reclamar. O pior é perceber que motoristas – uma classe trabalhadora – também se colocam no patamar de sua necessidade e se portam como um Deus fazendo favores mortais; nenhuma mínima satisfação nos foi dada. Essas pessoas que não reclamaram dos seus direitos devem estar agora em frente a TV xingando políticos e se queixando de um país tão quito, tão moroso. Se continuarmos passivos, qualquer pessoa que se ache acima de nós, irá nos pisar. Lembrem-se que as formigas não tem nada contra as botas, mas ainda assim, não são perdoadas. Ficar na defensiva já se mostrou uma péssima estratégia, é hora de buscar o gol. Acorda PORRA!!!!!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Nos Olhos de Quem Vê part.2


O ministério público está chamando Alexandre Pires para prestar esclarecimentos sobre um suposto teor racista no vídeo acima. Quem diria, Alexandre Pires já fez besteiras do tipo: terminar com a Scheila Melo, chorar com o Bush e ter um irmão gêmeo, mas só teve sua orelha puxada por algo que ele faz corriqueiramente, lançar músicas e clipes de gosto bem duvidoso.

E eu achando que o assunto já estava encerrado, mas como a vida deu mais  uma mostra de que o preconceito é uma mãe chegando do trabalho: Ele fica procurando um lugar “bagunçado” para poder reclamar. Pois então, já que o MP está intrigado pelo fato de um negro se vestir de macaco – algo que o Serginho Malandro fazia aos borbotões – então, nós negros, temos que tomar alguns cuidados. Vai aí uma cartilha do que não podemos fazer:

1° Torcer para Ponte Preta: Um time que tem como símbolo uma Macaca não pode ter torcedores negros, isso é racismo;

2° Comer banana: Comer banana é coisa de macaco, a menos que seja banana terra, cozida e acompanhada de café;

3° Aceitar pipoca de estranhos: Certifique-se que o rapaz que lhe der uma pipoca esteja trajado de jaleco branco e não tenha conhecimentos profundos em medicina;

4° Não escutar bandas como Arctic Monkeys, The Monkeys, Macaco Bong...: Qualquer referência aos primatas são extremamente racistas, lembre-se;

5° Nunca usar uma calça junina: Vocês se recordam que as calças utilizadas nas festas juninas tem um coração na bunda?! Pois bem, podem achar que isso é uma fantasia de babuíno e você será severamente processado.

Não me espanta a falta do que fazer do Ministério Público, e sim, que alguém tenha tido acesso a esse clipe, eles escutam mesmo o Alexandre Pires? Engraçado, a Claudia Ohanna saiu na playboy fantasiada de gorila e vocês não falaram nada! =P

domingo, 29 de abril de 2012

“No passin, no passin, no passin do abençoado”



Religião!? Não, obrigado, minha mãe me mandou evitar. Eu posso me explicar galera, antes que uma chuva de rã atinja a minha casa ou que meu quarto no inferno comece a ser ornamentado. “No passin, no passin, no passin do abençoado” e o “Leão cola de Judá” mostram que a religião tendeu para um caminho que ultrapassou todos os limites fronteriscos que pudessemos imaginar. Quando pensamos na ideia de resgate – e, infelizmente, as religiões trabalham nisso – não é preciso descer ao péssimo nível de protagonizar danças medonhas no meio do altar.

O caso do Leão cola de Judá é mais nojento ainda. Usar a fé das pessoas como um meio de lucro é algo que classificaria como “do capeta”. Aproveitar da alienação como fonte de renda e se colocar inserido  num contexto de ignorância só para parecer um igual não deve ser coisa de Deus.

Um argumento que eu sei que será utilizado é: “Você não pode julgar o todo por um ou outro representante ruim”. Porém, se o topo ou a maioria não se pronuncia contra essas maçãs podres me faz entender que: ou a ideia é compactuada pela maioria ou é cada um por si e Deus por todos, literalmente. Assim como a política, a religião se omite em apontar o dedo para o “passin do abençoado” e evita que pessoas com pensamento crítico se aproximem dela.

Eu podeira passar anos dando exemplos como: a comercialização do ar de Israel, dos pedaços de madeira da cruz de Cristo, o martelinho da carteira de trabalho, a ideia de filme pornô gospel, o evento de MMA dentro da igreja Renascer, blábláblá, mas, agora, eu irei ensaiar meus passin do abençoado, saboreando meu delicioso copo do Leão cola de Judá, pois assim eu irei garantir meu lugar no reino de Deus. Amém.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Os Narigudos II

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Os Narigudos

Pena de quem tem pena




...E alguém me pergunta: “Ei Shon, você vai escrever sobre o que o Pânico fez com a Babi?” Shon: “O que o Pânico fez com a Babi?” Tal pessoa: “O Pânico cortou o cabeo dela e agora ela ta careca” Shon: “Sim... e o que o Pânico fez com a Babi?!”

Quero deixar claríssimo que este post está muito longe de ser hipócrita, aproveitador ou uma bandeira
levantada apoiando EDCQEGM (É DOS CARECAS QUE ELAS GOSTAM MAIS). Comecemos introduzindo o Carlos Nascimento à esta reflexão: “Ou os problemas brasileiros estão todos resolvidos ou nós nos tornamos perfeitos idiotas.”

Não sou o tipo de cara que defende um não à Copa do Mundo só porque o país tem gente passando fome, consigo compreender muito bem que os projetos coexistem, mas é inaceitável que se crie uma comoção geral em cima de uma mulher que trocou de visual por livre e espontânea vontade.

Coitadinha! Tadinha! Pânico Fora do Ar! O Pânico pegou pesado... blábláblá! Por favor inocentes telespectadores, o próprio Emilio Surita afirmou que a Babi fez o que fez por ter o “espírito Pânico”. Se algo é passível de pena é a existência de um tal “espírito Pânico”, que me remete ao fato de fazer qualquer coisa em busca de audiência. Outro fato, Panicat é um ser desprezado pelo próprio programa. Eles não se furtam ao direito (dever) de mostrar como deve ser tratada uma mulher que escolhe da vida ficar de fio dental, balançado o corpo e se propondo a inúmeras humilhações. Ei menina em frente ao PC, você sonha em ser Panicat?

Mais um motivo que me faz não entender essa pena toda à Babi: Ela continua bonita! Se a pena é baseada numa mudança brusca de visual, não sinta isso. Se for assim, eu tenho que passar a ter pena das minhas amigas que ficam horas na frente do espelho e quando terminam a tal maquiagem parecem uma versão piorada do nosferatu.

Panicat é igual a jacaré: Tem cérebro pequeno e se defende com o rabo. Se um jacaré colocasse uma peruca, você sentiria pena dele? Façamos assim: Escreva CANCÊR no google e entenda o que é não ter a opção de ter um cabelo.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

“Boa noite... você é um imbecil!”



Cansei, não assisto mais jornal! É sério, só assistirei o bloco de esporte e com uma condição: uma vitória anterior do glorioso Vasco da Gama. É Cachoeira pra lá, assassinato pra cá, corrupção pra lá de novo, manipulação pra cá outra vez, não dá pra assistir um jornal e se sentir feliz. O pior é o jogo ciclico de ações que parece não encontrar obstáculo nenhum e sempre nos deixa iguais a patetas parados no ponto, sempre esperando um ônibus cheio de soluções. Cheio ele até vem, agora, as soluções...

Willian Bonner introduz uma matéria que mostra a conversa do Demóstenes Torres do DEM(ônio) com o cara mais influente da política brasileira, (mesmo tendo ficado, injustamente, fora da lista da Times) o Carlinhos Cachoeira. Na conversa fica claro o jogo de favores entre os dois. Termina a matéria e a Patrícia Poeta (que apareceu com uma roupa de academia, rendendo-lhe várias poetas) avisa que o advogado do Demóstenes falou que o mesmo nunca se envolveu com o Carlinhos Cachoeira. POOOORRA!!!! Eu sou um babaca!!! Pode colocar sem vaselina que eu adoro!!! Tá de brincadeira!!! Acaba de passar a matéria, meu amigo, e você vem, com a cara recheada de cupim, me diz – em outras palavras – que tudo que eu vi e ouvi não existe. E o que acontece depois disso... NADA.

Se é para ser lembrado todo dia que eu sou um imbecil, eu prefiro deixar como protetor de tela do meu notebook, fazer um toque de mensagem no meu celular ou dar risada com as piadas do zorra total. Willian Bonner, me faz um favor: ao invés de encerrar o jornal nacional com boa noite, encerra com boa sorte.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Para noOoOoOoOoOossa alegria


Que o Brasil é um país pobre de assunto na mass media, isso não é nenhuma novidade, mas que a internet copiou essa péssima caratcerística e a vestiu com garra, é algo que todos nós devemos lamentar. A vida passa e nós esquecemos de Suzanas, Nardonis, Brunos, Elisas, Daniels, pois sempre haverá uma tragédia maior que nos faça ligar a televisão no dia seguinte. Porém, ver a internet agir da mesma forma e criando diariamente mamilos, chips do pedro, luizas, para noooossa alegria é lamentável.

Existe uma máxima, tão sincera, que sempre me assusta: “não há nada tão ruim que não possa ser piorado”. Os hits idiotas de internet estão indo para a tv ou ganhando proporções bem desnecessárias. A entrevista com Jefferson e Suelen (que não tem culpa de absolutamente nada) é mergulhada em hipocrisia e um infeliz sinismo inocente.

Antes de tudo é preciso identificar que ninguém está rindo com eles, e sim, rindo deles. Eles podem ter feito a noooooossa alegria, mas se tornaram uma dupla de desafinados, tentando gravar um vídeo musical. Acreditar que a mensagem da música foi passada é algo forçado, uma vez que fazer rir de algo é diferente de fazer rir sobre algo.

Jeferson e Suelen estão aproveitando seus 15 minutos de fama. O Brasil alimenta figuras desse tipo e é esperto da parte deles tentar prolongar isso cada vez mais. Viver de sobreposição vazia é algo que a TV já faz com maestria, a internet poderia tentar uma estratégia mais inteligente. O chato, é que quando eu me refiro à internet, eu me refiro à todos nós que ganhamos o poder de um meio democrático e impactante e o máximo que fazemos é uma chuva de novas pseudocelebridades.

Para a minhaaaaaaaa alegria isso já vai sumir, mas para minhaaaaaaa tristeza um outro está por vir. Galhos secos de uma árvore qualquer.

sábado, 24 de março de 2012

Adaptações? Oh God, Why!?



Uma noite de sábado pode ser aproveitada de várias formas, porém, Anderson Shon é um jovem desprovido de uma companhia feminina acessível e provido de uma preguiça fundamental para  fazê-lo não sair de casa. O que me resta?! Os filmes do Telecine. A bola da vez foi a adaptação do game The King Of Fighters, logo após da sessão nostalgia me proporcionado por Jumanji. Revendo o filme, em questão, eu cheguei a seguinte conclusão: Por que eu ainda assisto as adaptações para cinema? Com bastante raiva e pensando em um modo eficiente para me vingar do tal filme, eu resolvi fazer um TOP FIVE (5) das piores adaptações que eu tive o desprazer de assistir. Vamos lá:

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5° – Super Mario Brothers
Ei você, sabia que o Super Mario tem um filme? Pois é, o jogo do encanador baixinho perde todo o seu colorido em uma adaptação que – com certeza – teve seu cenário utilizado em algum filme de terror futurista. Yoshi parece o Tiranossauro Rex do Jurassic Park  tendo passado em uma fonte da juventude. O enredo foge bastante da idéia do jogo e o roteiro parece ter sido feito por um Kopa Troopa. Com certeza, essa é uma adaptação que entrou pelo cano.



4° – Demolidor
Um filme bom não pode ter o Benn Affleck como protagonista. A melhor coisa que ele fez na vida foi pegar a Jeniffer Lopes, a pior foi o Demolidor. Tudo bem que é um filme de ação, mas um cego que desvia de milhões de balas dentro de um bar é algo muito forçado. Elektra tem menos participação do que um figurante e o Senhor do Crime é o Mad Dog de Two And a Half Man, vê se pode!? Feliz do Demolidor que é cego e nunca vai ter a chance de se decepcionar com essa adaptação.
3° – O Guia do Mochileiro das Galáxias
Como transformar um livro engraçado em um filme sem graça? Difícil imaginar não é!? Mas O Guia do Mochileiro das Galáxias – o filme – consegue matar, esquartejar, dilacerar... todo o humor existente no livro. O filme é tão ruim, tão ruim, que me fez negociar com o dono da locadora a locação de outro filme de graça, por que, se eu contasse para um amigo que eu loquei O Guia do... eu perderia uma amizade. Eu diria que essa é uma adaptação de outro mundo, porém, além de ser um péssimo trocadilho, o mundo daqui está caracterizado por adaptações desse tipo.

2° – The King Of Fighters
O motivo para o nascimento deste post é com certeza uma das piores adaptações já existentes. Fizeram de um lutador de rua, um agente da cia (Terry Bogard). De um andarilho, um respeitado lutador que não precisa de convites para entrar em grandes eventos (Iori). De um assassino de aluguel, um segurança de festa (Yamazaki). O pior, os lutadores se telefonam, como se fossem amiguinhos, porém, profissionais o suficiente para se matar no ringue. Pelo amor dos meus filhinhos, King Of Fighters?! Tragam-me um garapa.


1° – Dragon Ball Evolution
Na moral, me recuso a falar dessa porcaria. Qualquer garoto que parava suas tardes às 15:00 horas para ver a Kira anunciando a saga de Freeza, sabe como esse filme de Dragon Ball é decepcionante. Eu juro pela minha vida, se rolar um Dragon Ball Evolution 2 eu coloco fogo em todas as salas de cinema que tiverem exibindo. Melhor! Eu treino kamehamehá até lá, mas é um de verdade, não aquele do filme. Posso presentir, o perigo e as adaptações ruins.

Desabafo feito, é hora de ir e aprendam: Usem sempre filtro solar e evitem as adaptações.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Terra do axé?


É bem verdade que o clichê baiano ainda é muito forte em cidades sulistas, mas quem vive na boa terra – outro clichê – já percebe que oimpério do axé já está vinculado a mauricinhos, patricinhas e dj’s de buzu. A música de qualidade na Bahia brigou, brigou, brigou e finalmente está conseguindo o espaço importante em mídias especializadas, nasplaylist’s baianas e – pasmém – até no carnaval.

Os últimos lançamentos jogaram no mundo bandas como Vendo 147, Maglore, Tentrio, Trônica, Charles Chaplin, Irmão Carlos e o Catado etc. Este último – Irmão Carlos – já organiza um festival há 8 anos, onde transforma um simples bar num centro cultural que envolve desde artes plásticas até música de muita qualidade.

E o que falar de bandas que já romperam a barreira do estado? Vivendo do Ócio, Cascadura, Pitty... já mostraram para esse brasil que a Bahia é rock n’ rollindependente do passado, do calor ou da espessura do dendê. Acho que tão clichê quanto dizer que a Bahia é a terra do axé é ficar reforçando que ela ta virando a terra do rock. Parei por aqui.


segunda-feira, 12 de março de 2012

O Fim do Império


Quem é rei, nunca perde a majestade... tudo bem, mas e quem é imperador? As manchetes de jornais, internet etc. irão noticiar o que não é surpresa pra ninguém. Adriano acerta sua recisão com o Corinthians e não consegue dar a tal volta por cima, anunciada em todos os cantos. Pelo menos ele polpou a Patricia Poeta dessa. O Imperador pode se orgulhar desse nome, pois, assim como Nero, Adriano se auto destruiu.

Não vou aqui falar sobre o sálario absurdo que Adriano recebeu no Timão, pois 90% dos jogadores de futebol do Brasil recebem menos de mil reais, o que eu me pergunto é: O que faz um profissional bem sucedido acabar com a própria carreira? (Quando eu falo de carreira, eu me refiro ao futebol ^^).

Adriano foi considerado por todos os amantes de futebol como o sucessor de Ronaldo. Cronologicamente, Careca passou o bastão para Romário, que passou para o Fenômeno, que iria passá-lo para Adriano, mas o mesmo se perdeu o horário pois estava em um churrasco na Vila Cruzeiro com a galera do Centro Voluntarioso (CV). Você acha que a nossa busca desesperada por um camisa 9 na seleção não tem nenhuma explicação!? Pode agradecer ao imperador.

O fim de império tem data marcada. Aposto todos os meus 1.900 seguidores do Twitter (eu não tenho dinheiro) que o Flamengo anuncia Adriano como grande reforço da temporada. Imaginemos: Ronaldinho Gaúcho, um aposentado em campo, Felipe, com o ego que fecha o gol inteiro, Vagner Love, tem no portfólio um vídeo pornô, uma festa à base de armas de fogo e uma participação no programa da Xuxa e o papai Joel, na fase do Pode To Be All, fazendo o Flamengo ter que funcionar. Como bom vascaíno – lá ele –, me agrada muito ver o urubu não conseguir sair da carniça. Volta logo Bruno!

Adriano pôs fogo na própria carreira, mas esqueceu da lira, o que fez perder todo o encanto da coisa. Se o rei não perde a majestade, não podemos falar a mesma coisa do Imperador. Aqui jaz um grande jogador.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Nos Olhos de Quem Vê

O que você vê nesta imagem?

Há alguns dias eu vi esta imagem no facebook de um amigo e rachei o bico de tanto rir. Havia uma comentário dizendo que não havia a menor graça na imagem, blábláblá. Fiquei pensando se esse comentário era baseado na utilização de um bebê ou pelo senso comum de preconceito. Não tendo esta confirmação eu postei essa imagem no meu facebook e me prometi que esse post só nasceria se alguém interpretasse essa imagem como algo preconceituoso, pois bem... aqui estou eu.

Você considera essa imagem preconceituosa? Eu não, e vou te explicar muito bem o porquê.
Segundo o mini dicionário – adquirido na bienal, pela bagatela de um real – preconceito é: 1) Conceito ou opinião formulados antes de conhecer bem 2) Superstição, crendice; prejuízo 3) Juízo antecipado. Segundo o wikipédia – site chamado de não confiável só por ter informações inchertadas por seres humanos mortais – preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude “discriminatória” perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferenres ou “estranhos”. Segundo o senso comum, preconceito é qualquer frase que utilize o termo “preto” ou “negro” ao invés de “moreno” ou “moreno claro”.

Uma coisa é fato: Boa parte do preconceito nasce dos olhos de quem se coloca como vítima ou de quem acredita que é melhor que haja uma vítima. Nós vivemos no lugar comum onde uma camisa com a frase 100% black é uma atitude de se bater palma e uma camisa com 100% white é discriminação. O negro ficou tão intocável que já tem branco se ofendendo por ele, antes mesmo de perguntar: “isso foi ofensivo para você?” eles já levantam o dedo e gritam pela “dívida social” trazida com os navios negreiros e outras ladainhas intelectualmente insustentáveis.

Eu sou negro e não me ofendo com as expressões: “o céu está cheio de nuvens negras”, “aquele rapaz me denegriu”, “a coisa tá preta”, porém, o governo – há algum tempo – estudou a possibilidade de proibir estes termos em meios de comunicação. O que realmente me ofende é ver que o governo entende que os negros são intelectualmente inferioresfamosas cotas – e a extinta regra em filmes, programas de tv etc. que exigia que, no mínimo, um negro fizesse parte do elenco. Dá-me uma garapa!!!!

Pensem comigo: Está imagem indica que este bebê negro é pior que algum bebê branco? Ou que este bebê é insuficiente bom para fazer algo, só por ser negro? Ou ele está sendo escorado pela presença de algum bebê branco? Pois então meu amigo, não existe preconceito nessa imagem e sim nos seu olhos. Digamos que a imagem fosse um bebê branco com alusão a uma embalagem do leite parmalat, existira preconceito?