Se tem algo que eu posso agradecer a 2010 é a descoberta de uma vocação; Shon, o professor. Neste meu primeiro passo na estrada da educação eu implantei uma oficina de produção de texto no colégio estadual Anísio Teixeira (mais simbólico, impossível). Minha meta era simples: Encontrar um aluno (a) com o potencial para escrita que viram em mim quando eu tinha meus 17, 18 anos. Objetivo alcançando! E com muito louvor. O nome dela é Rita Caroline da Silva.
Rita, parabéns pelo empenho, espero que uma sementinha da literatura germine no seu peito. Como trabalho final foi passado a criação de uma história. Vamos a ela:
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Silvana e seu namorado, Reini, fugiam de casa – assim como outras pessoas e outros amigos – toda sexta a noite, por volta da meia-noite para fazer racha. Parecia brincadeira de adolescentes, mas era realmente uma brincadeira grave. Reini pegou o carro do pai e esperou no começo da rua; Sivana, sua namorada, era mais uma adolescente de classe média alta. Os dois pararam em uma estrada onde estavam dezenas de carros, centenas de adolescentes e jovens loucos por aventuras perigosas. Reini resolveu disputar com mais dois amigos, Thiago e Samuel. Foi dado a largada; Reini não conseguiu uma boa saída, logo no inicio, perdeu o controle e capotou. Todos correram para socorrê-lo, mas já era tarde, Reini já estava mrto. Silvana se sentiu como se não houvesse mais vida, só fazia chorar, revia fatos, memórias, lembrava de momentos.
Não conformada com a perda, Silvana se perguntava por que acontecia. Revoltada, resolveu cortar os longos cabelos castanhos no pescoço, se fechou para o mundo, começou a drogar-se, ir para festas e nunca sabiam quando sua cabeça resolvia voltar. Chorava bastante, andava sempre em luto com suas pesadas roupas pretas, sua presença na escola era resumida em baderna. Se perguntava sempre: Por que morrer tão jovem, com uma vida pela frente? Por que se foi assim? Os pais de Silvana não sabiam mais o que fazer; psicólogos, castigos, pediram ajuda a familiares e amigos, nada adiantou. Sua rebeldia não parecia ter um ponto final.
A garota continuou a freqüentar rachas, mas algo de estranho aconteceu; um carro desgovernado invadiu a pista de telespectadores e acertou Silvana em cheio. A menina levou três dias no hospital, felizmente seus ferimentos foram leves, porém, algumas se refiram gravemente, outras morreram. Silvana refletiu nesses três dias; O que realmente vale à pena? Tristeza, destruição, rebeldia? Silvana resolveu desistir de tudo aquilo.
Ao chegar do hospital, viu que toda sua família estava reunida, todos estavam preocupados. Era hora de mudar, Silvana reconheceu isso com algumas palavras: “Fui rebelde, eu sei, achava radical a minha vida de antes de morrer quem eu amava, depois desse acontecimento, irresponsável, resolvi destruir minha vida, mas depois do acidente eu serei a garota “perfeita” que todos vocês sonham, desculpa!”.
Seus pais voltaram a sorrir. Passaram-se anos e Silvana encontrou um garoto um garoto a qual já trocava olhares por muito tempo. O garoto se aproximou e perguntou:
- Boa noite, eu adoraria saber o teu nome. – Disse com uma voz firme
- Silvana, mas pode me chamar de Ana – Respondeu Silvana com um breve sorriso no rosto – E o teu?
- Raian, mas pode me chamar de Reini.
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