segunda-feira, 20 de julho de 2009

Alguém tem um feitiço para matar cineastas?

E mais uma saga do rapaz que gosta de pegar na varinha e sentar na vassoura (bela piada) está nas telonas. Harry Potter e o Enigma do Príncipe é o sexto livro e, por conseqüência, o sexto filme do bruxo mais famoso de toda a história da humanidade. A saga conta a história de um bruxo que tem os pais mortos para protegê-lo de um terrível ser das trevas (Lord Voldemort). O Enigma do Príncipe conta a história de como o jovem promissor Tom Riddle vira o temeroso Voldemort, usada de plano para as aventuras de Harry e Dumbleodore a procura de métodos que pudessem eliminar o Lord das Trevas.

Agora que eu imagino que você já esteja por dentro de parte da história (isso para quem não viu o filme ou leu o livro), assim, a nossa Maquina Perdida já pode começar de fato essa crítica. O filme é de longe o mais sombrio e “dark” da série, sua iluminação é muito escura, os cenários são recheados de cores frias, principalmente nas lembranças da penseira de Dumbleodore referente ao jovem Tom Riddle. Isso é um ponto positivo do filme, pois este livro prepara um terreno caótico para ser salvo por Harry e sua turma no sétimo livro (contei ^^).

Outro aspecto positivo do filme é a atuação de Tom Felton como Draco Malfoy. Draco é incumbido de duas missões extremamente importante para Voldemort, consertar um armário mágico que daria acesso aos comensais da morte a escola Hogwarts e tirar a vida do diretor da escola, Alvo Dumbleodore. Tom Felton interpreta com maestria um Malfoy insano por sua incumbência e esquizofrênico por não ter a opção de errar, pois isso o faria perder a vida. Diferente do livro (eu não sei o porquê) o filme não retrata a ajuda, importantíssima, dos “braços direito” de Malfoy, Crable e Goyle.

Outras mudanças significativas muito mal compreendidas são:

O beijo de Harry e Gina não acontecer na frente de Ronny

A briga feroz entre Harry e Malfoy, culminando na conjuração do Sectusempra como defesa a magia mortal de Malfoy.

Harry não estar paralisado e envolto a sua capa de invisibilidade enquanto Dumbleodore é morto por Snape.

Essas três passagens do livro são substituídas por cenas fracas que não prendem em nada a atenção do leitor. Já podemos entrar no mérito de um filme que peca mortalmente por não ter fortes cenas de ação, pois o livro retrata um embate feroz entre a armada de Dumbleodore (um grupo treinado por Harry para combater as trevas) e os comensais da morte.

O que podemos concluir é que Harry Potter e o Enigma do Príncipe é a pior adaptação de todos os seis filmes, o filme corta cenas importantes e transforma a eletrizante queda de Hogwarts, em uma chata e inexpressiva aventura. O que me deixa muito intrigado é como os cineastas insistem em transformar histórias interessantes em filmes severamente achincalhados. A Lost Machine já tem um texto semi-pronto sobre adaptações equivocadas, só a espera de G.I. Joe (comandos em ação), que já tem tudo para merecer o framboesa de ouro de 2009.

Se Deus realmente existe, ele jogou uma praga ao cinema internacional, culpa do Mel Gibson.