sábado, 29 de janeiro de 2011

Estamos musicalmente parados

Sim, estamos parados! Estamos parados porque nossa música entrou numa estrada ciclica que não consegue dar seguimento a estilos, admiradores e pior, não consegue exigir uma gota de intelecto qualquer de seus ouvintes. Imaginemos o começo de 2020; A gurizada pré-mestrual e as espinhas andantes de hoje continuaram usando calças laranjas? O vesguinho sertanejo continuará usando menos de um terço do seu cerebro fazendo musicas imbecis com metaforas ridiculas? Os fãs de hoje não serão os fãs de amanhã. Créu, Restart, Fiuk, Luan Santana não irão renovar seus fãs e se perderam no tempo e no espaço ao lado de alguma nave do Star Trek.

Posso aqui aclamar nosso lado underground, pois ele realmente merece aclamação, porém, a sua distancia – até mesmo proposital – de um público que realmente precisa de música de qualidade, ainda faz com que o cenário ande com passos curtos para um norte que possa extrair um sorriso do rosto de qualquer apreciador de boa música. Conseguimos grandes feitos; colocar uma música do Móveis Coloniais numa novela global e ver o Vanguart protagonizar o catalogo de uma grande gravadora é uma vitória, mas falta muito para transformar o cenário musical brasileiro em algo que cheire menos que um montante de fezes canina.

Os únicos festivais que prestam também estão na linha underground, pois o grande Rock n’ Rio ainda mostra estar estacionado e não honra o fato de levar rock no nome. Cidades que não estão no circuito dos grandes shows tem que se contentar com uma idéia imbecil de que Jota Quest e Capital Inicial são as únicas bandas grandes de rock do Brasil, pois elas rodam o país todo tocando em festivais que adoram idolatrar bandas com prazo de validade.

Podemos olhar artistas como Parangolé e dizer: “eles levam entrenimento para a classe menos favorecida” ou dizer: “eles não agregam nada ao intelecto de quem gasta seus timpanos com esta bosta”, os dois pensamentos são verdadeiros. É como afirmar que a cor vinho é vinho ou é vermelho escuro, sendo um, não deixa de ser outro. Então entendamos que o Parangolé não agrega nada ao intelecto dos menos favorecidos.

Estamos estacionados numa década que entende que o retrô é a tendência e esquece de imprimir sua marca na história. Somos burros de carga com peso demais para nos movermos. Eu iria perguntar onde isso tudo vai parar, mas quase esqueci que precisamos sair do lugar primeiro. Lamentável!!!!