sábado, 23 de fevereiro de 2013

Importância Cultural do Passinho do Volante



    Ah lelek lek lek lek lek lek     ... É rapaz, num é que o passinho do volante pegou mesmo. Uma teoria atual, indica que as músicas que grudam na sua cabeça são reflexos de alguma vontade reprimida, independente de ser boa ou ruim, independente do distanciamento com aquele estilo, se ela gruda em você, significa que você tem alguma predisposição para curti-la, mesmo não estando no facebook. Obs: Eu já cantei tanto isso, que tô quase substituindo minha tatoo do Radiohead pelo      Ah lelek lek lek lek lek lek     .

Por muito tempo se justificou a baixaria e pouca vergonha protagonizada por estilos musicais, visando um público de classe mais baixa (pagode, funk...) através da suposta imposição intelectual existente em estilos como rock, mpb, bossa nova... A ideia de ou bidê, ou balde (8 ou 80) sempre me pareceu ridícula, ou você canta sobre a formação educacional de um comunista ou manda uma potranca esfregar a tcheca no asfalto. Quem não se lembra do É O Tchan e seu duplo sentido saudável? Até hoje existe a grande dúvida em vários jovens brasileiros; pego no bumbum, ou pego no compasso?

O passinho do volante é divertido, inocente e popular. Pode ser apontado como a formula ideal para não precisar ser o ícone da música e ganhar vários grammy’s e nem o grupo que simula sexo oral em cima do palco. Se a letra é vazia? E quem falou que as letras precisam ser cheias? Elas só não podem te levar para um lugar pior do que você estava antes de escutar a música, não pode te estimular a descer com a mão no tabaco, a brigar no carnaval, nem a estuprar as fãs em um ônibus.

Continuo rock n roll até o último fio do cabelo, mas fico feliz em saber da popularização de movimentos culturais que não fomentam a ostentação de algo que você não tem, não fomentam a misoginia e nem a banalização do sexo. Bom ou ruim? Eu me limito ao fato de achar que não faz mal, e no cenário cultural atual, isso é já um bem danado.     Ah lelek lek lek lek lek lek