sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Gentileza Card

Então é Natal, o que você fez? O que fiz Simone?!... boa pergunta. Final de ano é a época das retrospectivas de vida. Com quem você namorou? (ou não), quem você ajudou (ou não), quem te ajudou? (ou não), quantas piadas do zorra total te fizeram rir? (essa tá mais pra não).

Anderson Shon é um rapaz muito bem acompanhado, isso faz dele um ser que goza da ajuda do próximo e sede esta mesma ajuda 24 horas por dia. Porém, ainda assim, ele se perguntou “o que eu fiz?”.

Indo para o trabalho, Shon percebeu que por mais que sua mochila aparentasse estar pesada ninguém nunca a segurava. Arranjar um motivo para isso é muito fácil; ele poderia alegar preconceito racial, ou então preconceito social (ser negro, magro e alto em Salvador é o suficiente para levantar suspeitas), mas ele não quis utilizar essas desculpas. O que realmente falta a nossa sociedade é gentileza.

Me responda: Quantas vezes você carregou a mochila de alguém que parecia estar em situação bastante indelicada naquele ônibus lotado? Quanto do seu tempo você disponibiliza para ensinar aquele colega da sua sala que tem dificuldade de aprendizado? É lostmachineanos, nos falta muita gentileza.

Baseado nessa deficiência humana, o Lost Machine lança o: GENTILEZA CARD. É muito simples, o Gentileza Card te dá o direito de desfrutar de uma gentileza da pessoa que está recebendo o cartão. O melhor; ele é infinito, o Gentileza Card pode ser utilizado quantas vezes forem necessárias.

Estamos no Natal, repetimos cantigos, mas esquecemos de internalizar suas mensagens. Se você só canta a do “não faz mal, limpa com jornal”, então que você seja o cara que dê o jornal ou o rapaz que estampa a manchete que será manchada de chocolate derretido.

Sejamos mais gentis uns com os outros e vamos fazer do Gentileza Card o pontapé inicial de uma sociedade mais harmoniosa. Feliz Natal para todos. Abraços.

“Gentileza gera Gentileza”

Profeta Gentileza



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Obrigado Rita!


Se tem algo que eu posso agradecer a 2010 é a descoberta de uma vocação; Shon, o professor. Neste meu primeiro passo na estrada da educação eu implantei uma oficina de produção de texto no colégio estadual Anísio Teixeira (mais simbólico, impossível). Minha meta era simples: Encontrar um aluno (a) com o potencial para escrita que viram em mim quando eu tinha meus 17, 18 anos. Objetivo alcançando! E com muito louvor. O nome dela é Rita Caroline da Silva.

Rita, parabéns pelo empenho, espero que uma sementinha da literatura germine no seu peito. Como trabalho final foi passado a criação de uma história. Vamos a ela:

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Silvana e seu namorado, Reini, fugiam de casa – assim como outras pessoas e outros amigos – toda sexta a noite, por volta da meia-noite para fazer racha. Parecia brincadeira de adolescentes, mas era realmente uma brincadeira grave. Reini pegou o carro do pai e esperou no começo da rua; Sivana, sua namorada, era mais uma adolescente de classe média alta. Os dois pararam em uma estrada onde estavam dezenas de carros, centenas de adolescentes e jovens loucos por aventuras perigosas. Reini resolveu disputar com mais dois amigos, Thiago e Samuel. Foi dado a largada; Reini não conseguiu uma boa saída, logo no inicio, perdeu o controle e capotou. Todos correram para socorrê-lo, mas já era tarde, Reini já estava mrto. Silvana se sentiu como se não houvesse mais vida, só fazia chorar, revia fatos, memórias, lembrava de momentos.

Não conformada com a perda, Silvana se perguntava por que acontecia. Revoltada, resolveu cortar os longos cabelos castanhos no pescoço, se fechou para o mundo, começou a drogar-se, ir para festas e nunca sabiam quando sua cabeça resolvia voltar. Chorava bastante, andava sempre em luto com suas pesadas roupas pretas, sua presença na escola era resumida em baderna. Se perguntava sempre: Por que morrer tão jovem, com uma vida pela frente? Por que se foi assim? Os pais de Silvana não sabiam mais o que fazer; psicólogos, castigos, pediram ajuda a familiares e amigos, nada adiantou. Sua rebeldia não parecia ter um ponto final.

A garota continuou a freqüentar rachas, mas algo de estranho aconteceu; um carro desgovernado invadiu a pista de telespectadores e acertou Silvana em cheio. A menina levou três dias no hospital, felizmente seus ferimentos foram leves, porém, algumas se refiram gravemente, outras morreram. Silvana refletiu nesses três dias; O que realmente vale à pena? Tristeza, destruição, rebeldia? Silvana resolveu desistir de tudo aquilo.

Ao chegar do hospital, viu que toda sua família estava reunida, todos estavam preocupados. Era hora de mudar, Silvana reconheceu isso com algumas palavras: “Fui rebelde, eu sei, achava radical a minha vida de antes de morrer quem eu amava, depois desse acontecimento, irresponsável, resolvi destruir minha vida, mas depois do acidente eu serei a garota “perfeita” que todos vocês sonham, desculpa!”.

Seus pais voltaram a sorrir. Passaram-se anos e Silvana encontrou um garoto um garoto a qual já trocava olhares por muito tempo. O garoto se aproximou e perguntou:

- Boa noite, eu adoraria saber o teu nome. – Disse com uma voz firme

- Silvana, mas pode me chamar de Ana – Respondeu Silvana com um breve sorriso no rosto – E o teu?

- Raian, mas pode me chamar de Reini.