segunda-feira, 19 de outubro de 2009

RRRRRubinhooooo!!!!

O ano de 2009 já pode ficar marcado por voltas por cima no mundo do esporte. Como já foi dito antes o nosso técnico, e anão nas horas vagas, Dunga conseguiu o reconhecimento de vinte em cada vinte torcedores que anteriormente queriam sua cabeça, provocando assim um “incêndio lingual” coletivo. Outro que pode comemorar uma volta por cima é o piloto Rubens Barrichello, e a nossa Máquina Perdida te explica o porquê.

Quem aqui não se recorda da era em que Rubinho era extremamente submisso a Schumacher e sua escuderia sem escrúpulos, a toda poderosa Ferrari. Rubinho protagonizou situações no mínino vexaminosas, como deixar o Schumacher ultrapassá-lo na ultima volta de um GP ou se mostrar contente com um vice campeonato totalmente desvalorizado pelas tramóias da Ferrari. Todas essas situações contribuíram para que Rubinho fosse extremamente antipatizado pela torcida brasileira e achincalhado por qualquer tipo mídia, sendo alvo de piada até mesmo numa dublagem brasileira para um dos episódios de Os Simpsons.

Ao trocar de escudeira Rubinho já recebeu apoio de parte dos brasileiros, uma parte pequena é verdade, mas já era um passo deixar de ser um bonequinho da Ferrari para tentar brilhar contra seu maior rival. A estratégia não foi de lá a mais sucedida, a equipe Honda era bastante fraca e o azar de Rubinho (e olha que não é pouco) o fez quebrar, bater e sofrer uma série de problemas que o levou a ficar uma temporada inteira sem marcar um pontinho sequer.

Em 2009 uma nova equipe entrou para a disputa da Formula 1, a equipe Brawn criada por Ross Brawn, ex-diretor técnico da Ferrari. Sem seus pilotos decididos, a imprensa especulou uma disputa entre Rubens Barrichello e Bruno Senna (sobrenome de peso). Todos eram a favor de Bruno Senna (inclusive eu), pois até onde parecia Rubinho já tinha mostrado tudo o que podia o jovem sobrinho de Ayrton Senna merecia sua chance.

Contrariando a todos Ross Brawn disse que precisaria de toda a experiência de Rubinho e o colocou na escuderia ao lado de Jenson Button, e é exatamente aqui que começa toda a volta por cima.

A F1 de 2009 foi extremamente emocionante, Barrichello se mostrou um piloto inteligente e bastante decisivo na hora H, sendo principal responsável das estratégias que o levaram as suas duas vitórias. A Brawn estabeleceu uma pequena superioridade e decidiu o campeonato em Interlagos, onde Rubinho se viu pela primeira vez apoiado por toda imprensa, torcida e qualquer outro ser que saiba cantar o hino nacional brasileiro (isso não inclui a Vanusa). A Formula 1 ficou bem mais agradável de se ver depois da era Schumacher, sua prepotência extrapolava os limites de seu carro e a cena vista ao fim da corrida, quando Rubinho parou o carro ao lado de Jenson Button para cumprimentá-lo, não poderia ser vista nunca com Schumacher e seu alto ego nas pistas.

O campeonato não ficou na mão de Rubinho, mas ele nos mostrou que vitoria não é só ganhar, o Brasil está feliz por ser representado por uma pessoa de tão bom coração e, particularmente, peço desculpas por tantas piadas terminadas em “pé de chinelo”. Vamos Rubinho, rápido que 2010 já está chegando, e dessa vez é rápido mesmo.