domingo, 10 de julho de 2011

No limbo

Quer saber quando percebemos que tudo está indo para o brejo? Quando o refúgio tá tão ruim quanto o motivo para ele existir. O mundo do entretenimento só existe porque o mundo real é chato e prágmatico, nos obrigando a espairecer, ou enlouqueceríamos muito mais rápido que o normal (sim! Ficar louco não é um opção, é um futuro certo).

Alguns esportes já podem, tranquilamente, se encaixar nessa industria, pois criam super estrelas e faturam exorbitantemente. Futebol é uma unânimidade, mas ponho minha cara a tapa à dizer que a seleção masculina de vôlei também conquistou esse status. Porém, o Sunday bloody Sunday do esporte, nos deixou sem o refúgio, e pior, pousando forçadamente no mundo real.

Começou com o mano Mano, que, liderada pelo cabelo lindo de Neymar, só conseguiu arrancar um empate suado com o Paraguai. Adoraria evitar o trocadilho, mas dizer que o futebol apresentado foi falso, não seria nenhuma inverdade.

A seleção feminina iria tirar a péssima impressão, afinal de contas, já perdemos dolorosamente duas vezes para os EUA, a terceira seria penoso demais, e melhor, nós temos a Marta. Todavia, no acréscimo da prorrogação o EUA empatou o jogo e já viu. Brejo à vista.

Mas a seleção de vôlei não costuma decepcionar, por favor, mais vencedor que o Bernardinho só o Steven Seagal. Só que os russos estavam motivados pela ideia de poder beber Coca-Cola na comemoração e mandaram a seleção beber Vodka sem limão. Adeus Bernadenin!

Minha saga pela decepção nacional acabou em Cilada.com, que foi a única coisa que me fez sentir orgulho de ser brasileiro, mas só por duas horinhas, porque, de volta a realidade, eu me lembrei que somos quem somos. Acho que vou me refugiar nos progamas de auditório, é mais dificil se decepcionar com algo que você espera nada.