sexta-feira, 25 de março de 2011

Grandes poderes, grandes responsabilidades.

Um episódio muito esquisito chamou pouca a atenção da imprensa brasileira, mas me intrigou, não muito, é verdade, mas intrigou. A manchete de tal notícia era essa: “Craques brasileiros se encontram em amistoso contra a Chechênia”. É bem verdade que os jogadores que entraram em campo já tem idade para ser pai do Neymar, porém, gozam de um crédito significativo e lideram o nome do futebol brasileiro para o mundo.

Estamos falando de um combinado da seleção de 94 e 98; com Dunga, Romário, Raí, Zetti, Cafu, Denílson, Junior Baiano, Ronaldão... Você me questiona: “Sim Shon, amistosos como esse são mais comuns do que a reabilitação para o Charlie Sheen” e eu te questiono: “Mas na Chechênia, um país governado por um ditador, estranho não!?”.

Assistindo o Redação SportTV eu tive conhecimento de um texto do Raí sobre o acontecido (clique aqui para ler o texto) e cheguei a conclusão que eu temia: Os jogadores não faziam ideia do que estava acontecendo. Isso minimiza a culpa de cada um? Nem um pouco, muito pelo contrário, o nosso futebol, enquanto pacificador mundial, levou uma goleada.

Usar sua imagem, seu respeito, sua história, e pior, o nome da seleção brasileira em um amistoso tolo, sem ao menos saber o objetivo é um pecado. Os jogadores podem não ter percebido, mas bater uma bolinha com o ditador chechêno – que estava em campo – foi como apertar a mão do Hitler das neves. A CBF se isentou de culpa dizendo que não teve relação com o jogo, mas também não se portou como uma entidade esportiva fazendo a pressão públicia perceber o quão perigoso era esse jogo.

O presidente chechêno, Ramzan Kadyrov, afirmou que a seleção brasileira estava ao seu lado, o pior que nós não podemos negar isso com a foto vista no ínicio deste post. Nosso ilustre deputado, Romário, estava no jogo, o que piora a situação da patacoada, pois, se um jornal chechêno quisesse publicar a seguinte manchete – Político brasileiro mostra seu apoio à Chechênia – ele não estaria errado.

Pois então, esse episódio só mostra o quanto devemos ter consciência de nossa contribuição para a sociedade e como cada passo precisa ser bem verificado, ou então podemos encontrar um poça de lama indesejada pela frente. A seleção canarinho que mostrou sua humildade no jogo contra o Haiti, mostrou sua ganância no jogo contra Chechênia, pois estimulasse que os valores pagos aos jogadores foram altissímos. Pergunto: Por quanto você apoiaria um ditador? Pense nisso.

terça-feira, 22 de março de 2011

O que você está fazendo agora?

Eu tenho uma pergunta: O que você está fazendo agora? E por que está fazendo isso? Viver ganhou uma padronização tão parnasiana que mal sabemos o porque de andarmos para frente, quando o real objetivo está ao lado. Quantas são as nossas falas que somente ficam no patamar de palavras expulsas da garganta. Quais são as nossas ideologias? Será que temos uma? Será que o Cazuza tava errado? O que é ideologia?

Quais são os nossos sonhos e quais deles não têm dinheiro ao redor!? Lembra quando o nosso sonhos era voar e ver o que tinha depois daquele prédio, você lembra? Hoje adotamos uma prática de apontar o dedo a quem teima em brincar com essa triste realidade e ainda lhe damos a alcunha de “sonhador” como a forma mais pejorativa de intitular um ser que arrisca em achar que tudo ainda pode melhorar. Que vida louca, breve e bandida é essa que persistimos em não entender e jogá-la sem ao menos dar ouvidos àquele robô que nos ensinou a ser imortais. As fontes da juventude secaram ou nossa vontade de ser criança se esvaiu?

O que era velhice, foi terceira idade, e agora é a melhor idade, pois nela nos permitimos ser, somente ser. Será que é certo esperar nascer cabelos brancos e dores no joelho para possamos ser, simplesmente ser. Para onde caminhamos?! Um sábio gato diz que qualquer caminho serve, se não sabemos onde se quer chegar. Pois então, para onde vamos?!

Seu coração está apertado agora? Isso significa que você está vivo, mas o que você está fazendo com ele? Já procurou se apaixonar hoje?! Exatamente! se apaixone todo dia; por pessoas diferentes ou pela mesma pessoa. Pense no que está ao alcance do seu braço e pegue, se estiver mais alto, pegue um banquinho, uma escada ou pessa para alguém te carregar. Siga seus próprios conselhos, mas não esqueça que pessoas querem o bem para você, assim como você quer o bem para outras pessoas.

Viva sem medo de voltar atrás e pegar o pano que deixou cair, muitas vezes ele servirar para tapar a poça d’água, mas nem sempre será notado como uma ponte. Agora olhe para dentro e se pergunte; Algo mudou? Pergunte a seus amigos no que você pode mudar; Algo mudou?! Se permita ouvir o som da brisa, apertar os olhos em direção ao sol e cheirar a terra após uma chuva fina.

O que você está fazendo agora? Refletindo?! é um bom momento para isso.