segunda-feira, 6 de julho de 2009

RPG – Risadas Para Globo

Recentemente voltou a tona o caso dos jovens mineiros que estão sendo acusados de matar uma menina em meio a um jogo de RPG (Rolling Play Game). O julgamento inocentou os três rapazes e a prima da vítima de terem qualquer envolvimento com a morte da jovem Aline Soares, porém, esse não é o fato que chamou atenção da nossa Máquina Perdida, mas sim a reportagem manipuladora exibida pelo Jornal Hoje no sábado, 04 de julho de 2009.

A Rede Globo já é bem rotulada por manipular a opinião da massa, algo considerado relativo, afinal opinião é igual a gosto musical, cada um tem a sua, mas distorcer uma verdade é muito grave e gera conseqüências que podem ir do abandono prematuro de novos jogadores ao pré-conceito burro da sociedade perante o jogo. Resultado de uma reportagem, aparentemente sem poder letal, porém com um veneno tão sutil que faria qualquer cobra fugir.

A reportagem afirmava o seguinte:

“são histórias de terror”

“jamais deve ocorrer qualquer tipo de contato físico entre os jogadores”

“Mas é preciso ter cautela para não misturar fantasia com realidade”

A primeira “afirmação” não está errada, porém o foco inicial do jogo é representar um cenário medieval aos seus jogadores, e não um de terror. Com o passar do tempo outras ramificações apareceram, como o estilo de RPG Vampiro a Mascara. Outros estilos também surgiram, além de terror, hoje em dia temos RPG de robôs, esportes e outros que, maldosamente, não foram citados na matéria.

A segunda “afirmação” é no mínimo ridícula, nenhum dos jogadores de RPG que estejam jogando uma mesma aventura se odeiam, pois é algo muito intenso e demorado, é difícil passar minutos ao lado de uma pessoa que você não gosta, imagine horas, até mesmo dias? O perfil de jogadores de RPG está muito distante de pessoas violentas, não é por um caso de violência física resultada do jogo, algo que a justiça não conseguiu provar (tudo bem! Eu também não confio na justiça nacional) que o jogo passa a ser um incentivo a agressões ou um alvo de pré-conceito. “Ele joga RPG? Então deve gostar de bater nas pessoas” ¬¬'

A terceira é alvo de piada, em bonitas palavras a Globo diz “Quem joga RPG é demente e pode acabar confundindo o que é real com o que não é” PATÉTICO! Então os jogadores, além de se agredir, vão andar de unicórnio, usar força mágica para voar e olhar as horas em uma ampulheta.

Os supostos jogadores de RPG que apareceram na matéria não poderiam se ausentar de minhas honoráveis palavras. A Rede Globo filmou somente a parte em que eles falavam em cemitérios e armas de fogo reais, forçando uma visão unilateral dos telespectadores. Eu me pergunto, A Rede Globo é malandra demais ou os supostos jogadores são imbecis demais? Só faltou o Arnaldo Jabor completar a matéria com uma frase do tipo:

O RPG é um jogo venéfico que faz de nossos progenitores uns ultores carregados de remuito ódio em suas caixas corónarias.

Palmas para Rede Globo.