sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quem são os nossos heróis?

Uma resposta simples, para uma pergunta nem tão simples: Pense e me diga um herói da nossa nação... Pensou? Agora me responda; Já temos um filme biográfico a altura de sua trajetória vida? Se sua resposta foi Lula ou Chico Xavier, sim temos. Se sua resposta foi Bruna Surfistinha, por favor, pare de ler este post.

Pois é senhoras e senhores, o Brasil é uma nação com uma história pouco convidativa - é bem verdade - pois nunca tivemos grandes guerras, mitos de deuses e nem bang-bang de qualidade, mas temos grandes nomes de carne e osso que só são lembrados em homenagens postumas pelos telejornais. Um jeito legal de homenagear grandes personagens de uma nação é retratar a história de vida através de um longa metragem, pois assim, a sua trajetória ganha um “novo folêgo” e faz com pessoas mais novas desfrutem deste aprendizado.

Ok sala, a pergunta é o seguinte: O que vocês aprenderam com o filme “Meu Nome Não É Johnny”? Pode responder Joãozinho.

- Professor, eu aprendi que não devo ser um mauricinho cheirador de pó.

Parabéns Joãozinho. E você Mariazinha, aprendeu o que com o filme de Bruna Surfistinha?

- Professor, eu aprendi que só vou liberar o meu botãozinho quando tiver certeza que futuramente isso me renderá muito dinheiro.

Que coisa feia Mariazinha! vai ficar depois do horário e sem recreio.

Posso parecer radical, mas me incomoda bastante saber que o cinema perde tempo contando histórias que agregam muito pouco a uma sociedade deficiente de exemplos. Temos poucos “heróis” retratados nas telonas e eles ainda precisam dividir espaços com putas, drogados ou músicos que tem o ego acima do respeito familiar.

Vamos, respectivamente, criar simples sinopses para os filmes “Meu Nome Não É Johnny” e “Bruna Surfistinha”:

Um playboy classe média se mete com drogas pesadas, vira um grande traficante e tem como objetivo torrar um milhão de doláres. Indo a júri, ele se arrepende e é dado como louco, pois não tem mínina noção de realidade.

Uma menina, adotada, sai de casa – sem motivo – para virar puta.

Me assusta que tipo de exemplo a arte da à vida. A “apresentadora” Funéria perguntou a Bruna Surfistinha que conselho ela da para quem está começando; Sabe o que foi engraçado? Ela ficou sem jeito com a pergunta. Será que só agora Raquel Pacheco percebeu o tipo de influência que a sua figura está exercendo? Lamentável.

De uma coisa eu tenho certeza; se tudo der errado, eu irei me prostituir e posteriormente lançarei um livro chamado: O Doce Veneno do Ursinho do Radiohead. A única certeza que eu tenho é que um filme sobre a minha vida será lançado. E olha que eu cheguei a pensar que era necessário ser Presidente da República, líder respeitado de alguma comunidade ou artista renomado para alcançar esse posto.