segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Os 5+ da Música Nacional de 2013

5° Nação Zumbi – O Velho James Browse já dizia

A ideia de criar um embate entre bandas da mesma estética sonora não poderia ter dado tão certo. No duelo entre Nação Zumbi e Mundo Livre S/A podemos levantar o caneco para a versão ska de O Velho James Browse já dizia. A música não perde o seu teor erótico tecnológico e ganha peso com os maracatus perfeitamente sincronizados e com a voz fantasmagórica de Jorge du Peixe. Acredito que uma lágrima tenha caído do olho esquerdo de Chico Science, ele deve estar muito orgulhoso.



4° Emicida – Crisânteno

O rap nacional aprendeu que não precisa ser essencialmente pessimista e recluso. Um dos professores dessa nova forma de fazer rap é o Emicida, no entanto Crisânteno resgata essa linha menos alegre e nos faz refletir sobre escolhas e caminhos. O violão que segue a música te teleporta para a frente de uma lápide e coloca pessoas ao seu redor chorando por uma vida que se foi. “A vida é só um detalhe” é a frase que o Emicida repete penosamente para nos fazer entender que para morrer basta apenas estar vivo.



3° Macaco Bong – Black Marroca

O Macaco Bong tá nervoso!! Esse pequeno hiato e os problemas com o Fora do Eixo serviram para que uma raiva se condensasse nas mãos do genial Kayapi e que tudo isso transformasse na Black Marroca. A fórmula é que sempre deu certo; uma música sem direções previsíveis, guitarra para todo lado e distorção de estourar o tímpano. Que esse seja o prelúdio de um terceiro álbum, pois já é impossível imaginar a música brasileira sem a criatividade alternativa do Macaco Bong. Até breve.



2° Rodrigo Amarante – Hourglass

Comece a viagem no tempo. Rodrigo Amarante conseguiu extrair uma sonoridade perdida pelo espaço e pelos estúdios da década de 60. Hourglass poderia, facilmente, ter sido um hitt de qualquer banda começada com “The”. Seu sintetizador com som de abelha e seu baixo duro dão um aspecto que parecia estar desaparecido da música nacional. Tudo é muito perfeito, muito HD, acredito que isso tenha feito o ex-eterno-Los Hermanos nadar em uma contramão fantástica. Por favor, parem a ampulheta.


1° Tom Zé – Papa Francisco perdoa Tom Zé

Qual a melhor forma de calar a boca dos revoltadinhos do “feicebuqui”? Gravando um CD e pedindo perdão para o Papa? Não sei, mas essa foi a forma que o Tom Zé utilizou para dar um ponto final da polêmica do comercial da Coca-cola. Um simples pedido de desculpas resultou na melhor música de 2013. A participação dos criativos do O Terno ajudou bastante no sucesso da música, mas a mente criativa e hiperativa do velho Tom é o que faz a música funcionar em todos os suas nuances. Papa Francisco, perdoa Tom Zé!

sábado, 28 de dezembro de 2013

Os 5+ da Música Internacional de 2013

5° - David Bowie – The Stars

Ele voltou!!! The Stars pode não ser a melhor música do álbum de inéditas do camaleão do rock, mas retrata – também pelo seu clipe – que David Bowie está de volta e mais criativo do falta da existência colorida de Bowie em nossas vidas. A estrela voltou!!!


4° - Robin Thicke, Pharrell e T.I. - Blurred Lines

Uuuhhhh!!!! Putz… quem não reproduziu o gritinho do sucesso mainstream do Robin Thicke e sua trupe não sabe o que é simular uma pista de dança sem sair do quarto. É completamente impossível escutar Blurred Lines sem mexer o esqueleto, qualquer parte dele, desde a ponta do pé até o último fio do cabelo. 2013 se mostrou um ano bom para adicionar qualidade aos sucessos das pistas de dança. Uuuuhhhh!!!!!



3° - Black Sabbath - End Of The Beginning

Os pesadelos, os horrores, as histórias do fim voltaram a ter como base o som fúnebre do Black Sabbath. A velho fórmula como novas resoluções. O som continua dark, sombrio e te levando ao lado mais obscuro de sua própria imaginação. Ozzy e sua trupe não perderam a mão, abrem o Cd com End Of The Beginning e nos transportam automaticamente para a era do LSD e das mortes por overdose. É o começo do fim, do fim.




2° - Queens Of The Stone Age - I Appear missing


Josh Homme, eu quero ser que nem você quando crescer. O mago das guitarras nos brindou com uma das melhores músicas de todos os tempos. I appear missing brinca com refrões, pontes, parte A, B, C, e qualquer outra letra do alfabeto. Não tem medo de se arriscar em nenhum momento e te faz descobrir a existência de uma dimensão que tem como portal músicas de qualidade. O que se pode esperar das rainhas da era da pedra? Somente músicas incríveis, nada mais, nada menos.



1° - Daft Punk - Giorgio by Moroder

O Daft Punk são do underground, agora tocam em novela, são requisitados por diversas rádios e tem releases em sites de grande massa. Isso significa que o som piorou... não, não mesmo. Giorgio by Moroder não irá ser um dos singles de seu belíssimo álbum, mas, sem sombras de dúvida, é a música mais impressionante da carreira da dupla robótica. A música abusa do lado progressivo e virtuoso dos dois, além de não ter preocupação alguma em chegar ao seu fim. O lado groove é bastante presente, mas o experimentalismo é o carro chefe da canção. Divirtam-se!!!


“Meu nome é Anderson Shon, mas todo mundo me chama de Shon”

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Os 5+ do Cinema Internacional de 2013

5° - A espuma dos dias

Uma das adaptações mais trabalhosas resultou em uma belíssima obra de arte do cinema francês. A espuma dos dias pode ser avaliado positivamente em todos os seus aspectos. Desde o roteiro impecável, às atuações sensacionais e ao psicodelismo nunca visto antes na história do cinema mundial. Como cereja do bolo temos a regular Audrey Tautou, que sempre se dá ao luxo de trabalhar em produções que agregam grande valor aos seus admiradores. Se eu disser que o filme começa colorido e acaba preto e branco será um spoiler? Só assistindo pra crer.




4° - Django Livre

A trilogia dos historicamente renegados chegou ao fim. Após fortalecer a figura das mulheres e dos Judeus, Tarantino construiu aquela que seria a vingança perfeita dos negros com os brancos. Django Livre é emocionante para quem tem muita ou pouca melanina, pois traduz uma época em que a ignorância se disfarçava de intelecto. O sangue em excesso, as explosões e as reviravoltas já são marcas do Quentin, e não deixam de ser ótimos clímax. Vale ainda dizer que Cristopher Waltz dá um banho de interpretação. Aproveitem cada minuto desse grande filme.



3° - Amour

Simplesmente a expressão artística mais subliminar de 2013. Amour toca no sentimento que indica que um dia todos nós envelheceremos e que seremos um tanto quanto inúteis para a sociedade. O foco no parado faz o filme ainda mais reflexivo; onde há músicos, o foco é na inercia da plateia, onde há passos, o foco é na espera...  genial. As atuações de Jean-Louis Trintignant e Emmanuele Riva são uma verdadeira aula de como fazer cinema sem precisar de efeitos ou de um óculos 3D. É docemente impressionante.





2° Kon-tiki

A aventura marinha mais impressionante da humanidade. Kon-tiki retrata a história real do pesquisador Thor Heyerdahl na busca de provar que a Polinésia teria sido colonizada por indígenas da América do Sul. Imbuído na sua missão, ele sai do Peru em uma jangada – simulando as jangadas que os indígenas usaram – em direção à Noruega para constatar sua hipótese. O filme elucida como o mar é traiçoeiro, psicologicamente e fisicamente, como nossos planos são somente estradas escolhidas e como somos pequenos diante uma imensidão ao nosso redor. Minha primeira experiência com o cinema norueguês foi extremamente positiva, espero que a sua também seja.



1° - O Hobbit 2 – A Desolação de Smaug

Não pisque ou perderá alguma parte importante de O Hobbit 2 e se arrependerá. O primeiro filme da trilogia foi muito inferior ao aclamado Senhor do Anéis. Sim, sim, as comparações são inevitáveis, mas vale para o mal como para o bem. O Hobbit 2 – A Desolação de Smaug é o melhor filme oriundo de uma obra de Tolkien, isso mesmo, deixa qualquer um dos Senhor dos Anéis no chinelo. As cenas de ação são SENSACIONAIS, todas elas, os diálogos são bem trabalhados e o humor não mais parece cair de paraquedas. É impossível não ficar perplexo com o final... é melhor eu parar de contar antes que eu estrague a aventura. Não percam!!!!


domingo, 15 de setembro de 2013

Tarantella Mensaleira


Mensalão? Sim, conheço, esse carma já nos assombra há um bom tempo. Pois bem, essa semana é decisiva para a credibilidade da justiça e da política brasileira. O ministro Celso de Mello tem nas mãos a decisão sobre alongar um julgamento que já parece interminável ou colocar um ponto final nessa patacoada. Empatado em 5 x 5, os ministros estão extremamente divididos em acatar ou não os embargos infringentes. Resumidamente, os amantes de uma boa pizza defendem a ideia de que a pressão popular não pode influenciar no andamento da justiça. Se a opinião popular não pode influenciar, o dinheiro sujo no bolso dos mensaleiros deveria, mas parece que não vai. Os que são contra a continuidade dessa sujeira entendem que o julgamento já se prolongou demais, qualquer observação poderia ter sido feita, se não foi, significa que esses ladrões estão prestes a ter o destino que merecem. O ego dos possuidores da capa preta está atingindo o futuro descente da nossa nação, não podemos achar que a briga pela justiça e a briga pelo justo são coisas distintas. Celso de Mello tem o futuro do país em uma bandeja, veremos se ele escolherá por servir a pizza ou por fechar a pizzaria.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

8.998 Anjos

E mais um se foi. O rock n roll dá, o rock n roll tira, é assim, ele nasceu assim e parece não estar disposto a mudar. A ideia Peter Pan nunca parece sair de moda e a pressão pela imortalização sessentista ainda soa com ares atuais. Assim perdemos três músicos de qualidade incomparável. Champignon e Chorão criaram uma geração roqueira e mostraram que virtuose e simplicidade combinavam como ketchup e maionese. Peu não resistiu a volta para o mundo dos mortais e preferiu se imortalizar. A vida fora dos acordes pareceu muito menos empolgante e os problemas que não podiam ser resolvidos com uma boa afinação construíram um labirinto na cabeça desses três talentos. Não sei, mas essa é a única parte do rock que eu realmente não consigo entender. A geração atual venera símbolos como Sid Vicious como alguém que viveu o rock n roll ao extremo, mas ele não viveu o rock, ele “morreu” o rock. Que alguém de lá de cima olhe para os que foram e para os que aqui estão, o rock é um grande quebra-cabeça, não queremos mais perder peças.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Laico?

Nada contra o Papa Chico ou contra o catolicismo (mentira), mas, após a visita do nosso querido Chiquinho, espero que todos os outros grandes líderes religiosos visitem o nosso país, tendo sua estadia custeada com dinheiro público.

Não faço parte da massa que acha que é irrelevante a visita do Papa, não mesmo, ele é o segundo Chico que tem a aparição mais aguardada, perdendo somente para aquele que afirma que futuros pais precoces não precisam se preocupar com fraldas. Sem nenhum contato com o catolicismo ou religiões (ou a aversão a elas) não sou o cara apropriado para reclamar da visita do Papa, mas minha mente em funcionamento me faz deduzir que um país laico deve abranger todas as religiões ou esquecer da existência de todas elas.

Apesar da cara de bom moço, o Papa traz consigo todas as velharias filosóficas do catolicismo e, a essa hora, está influenciando pessoas que encheram os 10 mil ônibus estacionados na cidade do Rio de Janeiro. Bom para o turismo? Sim, ótimo... Bom para o moral? Hum... não mesmo, a falta de respeito com as religiões longe do catolicismo já não é mais disfarçada e parece um assunto longe da pauta de muita gente que se incomoda com isso. É preciso orar por uma democracia religiosa. Amém!

sábado, 13 de julho de 2013

Dia Mundial do Rock! VIVA O ROCK!!!!

Rock não é uma música ou um estilo, é uma vida. Ser salvo pelo rock não é uma dádiva de líderes de bandas e seus instrumentistas, esse estilo já contextualizou reformas políticas, movimentos de contracultura e ações que mudaram consideravelmente o nosso mundo. Ser rock é muito mais do que camisas pretas, cabelos ensebados e postura radical, ser rock é saber que não faz a mínima diferença se o cara do lado ouve sertanejo ou funk, é ter a certeza que aquilo que soa nos seus ouvidos te faz uma pessoa muito melhor do que qualquer tchu tcha tcha. Ser ácido, ser agressivo, ser “foda-se” é bem rock n roll, porém o rock não se resume a isso, ou melhor, o rock não se resume, se abrange. 13 de Julho, Dia do Rock N Roll. Viva o Rock n roll!!!!


Veja a lista dos melhores rocks dos últimos tempos das últimas semana. Se permita apreciar!

Moody Blues – Tuesday Afternoon



Titãs - Estados Alterados da Mente



The Kinks - You Really Got Me




Cachorro Grande - A Alegria Voltou



Queens Of The Stone Age - Little Sister



Os Mutantes - Ando Meio Desligado