segunda-feira, 9 de setembro de 2013

8.998 Anjos

E mais um se foi. O rock n roll dá, o rock n roll tira, é assim, ele nasceu assim e parece não estar disposto a mudar. A ideia Peter Pan nunca parece sair de moda e a pressão pela imortalização sessentista ainda soa com ares atuais. Assim perdemos três músicos de qualidade incomparável. Champignon e Chorão criaram uma geração roqueira e mostraram que virtuose e simplicidade combinavam como ketchup e maionese. Peu não resistiu a volta para o mundo dos mortais e preferiu se imortalizar. A vida fora dos acordes pareceu muito menos empolgante e os problemas que não podiam ser resolvidos com uma boa afinação construíram um labirinto na cabeça desses três talentos. Não sei, mas essa é a única parte do rock que eu realmente não consigo entender. A geração atual venera símbolos como Sid Vicious como alguém que viveu o rock n roll ao extremo, mas ele não viveu o rock, ele “morreu” o rock. Que alguém de lá de cima olhe para os que foram e para os que aqui estão, o rock é um grande quebra-cabeça, não queremos mais perder peças.