domingo, 25 de abril de 2010

Eu amo Futebol

Acompanhar um jogo de futebol é algo que todo portador de uma TV ou de um Radinho (de preferência de pilha e em péssimo estado) pode fazer, mas degustar, apreciar, deliciar, deleitar, se apaixonar, gozar (no sentido diferente ao da sua cabeça) é algo para poucos e este mágico time do Santos devolveu aos verdadeiros amantes do futebol o prazer de sentar no sofá e sorrir ao ver onze marmanjos atrás de uma pelota.

Diferente do Dunga, eu sou um fã inveterado do futebol arte e odeio a máxima de que um bom 10 é um 5. O Santos joga fácil, os Meninos da Vila versão 3.0 vêm com uma molecagem sem limites, atrelada a um futebol incrível e uma gana de vencer há muito tempo inexistente no futebol nacional.

Robinho (jogador que tem a mesma cara desde os dezoito), Neymar (se não fosse jogador de futebol, iria cantar no Racionais), André (esse é feio que dói), Wesley (vou falar a verdade, nem lembro da cara dele) e Ganso (tem todo o estereótipo de um cantor de arrocha) formam juntos o melhor grupo de “pratas da casa” que um grupo poderia imaginar. Me rendo ao futebol de todos estes, mas tenho que salientar minha devoção total a inteligência de Paulo Henrique Ganso. Ganso encanta com uma visão de jogo mais perspicaz e veloz do que muito jogador consagrado, seu jeito ereto de jogar me lembra um carequinha que gosta de dar cabeçada nos outros (exagerei, mas vale o fanatismo.)

A frente de toda essa magia esta uma das maiores jóias reveladas nos últimos anos, Dorival Júnior. Depois de um trabalho espetacular no Coritiba e no Vasco da Gama (a qual ele fez retornar ao seu local de origem), Dorival se viu finalmente com a cereja do bolo nas mãos, e fez o que é mais simples fazer, deixar os meninos jogarem (duvido que Geninho e uma pancada de medalhões fizessem isso.)

Sou vascaíno e consciente, logo estou morrendo de medo que a final da Copa do Brasil seja entre o glorioso Vasco da Gama e o intrépido Santos, pois com uma zaga “rápida” como a do Vasco, eu já espero no mínimo um de cada estrela Santista.

O Santos nos deu a vontade de parar e assistir um jogo de futebol. Fica o recado Dunga, ou melhor, fica recado nenhum não, este recado serve só para aqueles que gostam de futebol e não para um anão zangado. Pois é, erraram no batismo.